sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Vento...
Vôo...

Espalho partículas...
Cinzas jamais...
(silva salles)

Pairo no ar... partícula.
Miro... e nada.
Me atento... e nada.
Me concentro... não posso.

Estou apertado no mundo.

E todos guerreiros gritam:
“Pula! Pula! Vaiiiiiiiiiiiiii!”

Penso... o que me impede?
Nada.

Assim mesmo... falta.
Não há o salto, na houve o passo.

Um silêncio de você.
Um silêncio fundo e doído.

Rumino pensamentos...
Deixo vir as lagrimas...

E mesmo assim, não sai o sol...
Não vem um novo dia...

Não estou triste.
Apenas incompleto e inconformado.

Eu quero teu sexo.

Sim, é simples assim...

Eu tenho fome da sua carne 
e sede da tua saliva.

Eu quero sentir meu corpo quente com o tesão causado pelo seu perfume.

Quero ouvir suas provocações e gemidos.

Porque a vida não tem concerto.
O tempo não tem jeito.
O mundo não tem regras.

Meus sonhos... meus sonhos...
Meus planos... meus planos...

Mas com você aqui, eu não estaria pensando em nada disso!

(felipe daniel)

sábado, 6 de fevereiro de 2010

nada como um dia após o outro...



Considero um privilégio viver a vida intensamente...

Entregar-me aos riscos e perigos das noites e dos lugares, entregar-me aos mistérios das pessoas.

Vivi... é só o que me lembro quando olho pra trás... Vivi errante, mas muitas vezes acertei, mesmo que por sorte. E eu tenho muita sorte.

Errante, mas sem mágoas no peito, sem arrependimentos... Tudo é um processo e eu sei que sou melhor a cada momento e andarei por melhores lugares, terei melhores noites e saberei desvendar mais mistérios...

Espero que seja ainda mais intenso cada segundo presente e do futuro espero muitas coisas, confesso, mas deixa pra lá... o futuro vai se desenhando sem que eu perceba, cabe a mim apenas plantar coisas boas.

Estou aprendendo a plantar o amor e a cultivá-lo... Alguma coisa me trás a certeza de que colherei muito amor... e muito intenso.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Olá Pessoal!!!
Vejam algumas imagens feitas no Ponto Cultural Bola de Meia, estávamos fazendo arte - estêncil!!! - buscando uma comunicação artística, criativa e alternativa para o ESTIVAL! (http://mostraestival.blogspot.com/)


Vamos nos encontrar por lá, hein?

Fraterno abraço!
Felipe Daniel



Maiores informações: http://mostraestival.blogspot.com/
ou entre em contato: estival.imprensa@gmail.com

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Há quem não seja cheio de questões?

Dizem que ando meio desligado da realidade. Pergunto-me, o que é realidade? O que eles entendem por realidade? (tempo)

Ando meio e gostaria de estar inteiro... Alheio á realidade forjada num esquema bruto e bárbaro de exploração. Barbárie, o que é? Eles conseguem notar a desumanidade de seus conceitos e praticas?

Estar alheio não é possível. Mesmo se ainda fossemos macacos, teríamos que nos enquadrar á algum tipo de esquema social para garantir suprimentos básicos e proteção, isto é prático!

De onde viemos, evoluímos, o que é sociedade? A cada fragmento do pensamento surgem novas questões ao olhar que está atento.

É por isso que estar desligado, pelos menos naquele meio, buscando um ponto de equilíbrio, é necessário ás vezes... Para esquecer o horror da barbárie. Para fundamentar conceitos, para tornar mais sábio e ser capaz de afetar positivamente, já que alheio não poderia ficar.

domingo, 25 de janeiro de 2009






Estampa-se em nossas caras a genuína guerra civil. Os noticiários deprimem qualquer mente que esteja mais atenta aos valores primordiais da humanidade: o ‘amor ao próximo’, a paz, a justiça, a liberdade, a fraternidade...

A capacidade de alguém em esquartejar seu semelhante, violentar crianças, agredir tão covardemente o outro é em menor importância revoltante e muito mais chocante.
A violência banal – cotidiana – nos enfraquece. Golpeia o sonho dos altruístas, rouba a atenção dos jovens, tira o sossego das mães e pais de família, e não deixa espaço para ludicidade infantil.

Crescemos cercados de cuidados, ensinados a confiar nas paredes, portas, janelas, grades, trincos e cadeados. Crescemos cercados de preconceitos, ensinados a marginalizar aqueles que contrariam nosso supérfluo ideal de “boa gente”.


“Que cara de marginal, olha a roupa dele.”

Quantas vezes nos enganamos?

Quantas vezes nos enganaram?

Levamos esta vida ameaçada pelos perigos do mundo e pelos medos que cultivamos na alma. Estava vida calada pelas respostas prontas que o sistema nos oferece.

O que é melhor pra você?

O que te faz feliz?

O que vale, de verdade, uma vida distraída unicamente pelas paixões do mundo?

Adotando valores artificiais de prosperidade, conquista, dominação e status social?


“Há novos poetas entre nós
Eles sugiram nos guetos
Os mais escuros e esquecidos
Onde as atrocidades são incontáveis
Falam de verdade a verdade que lhes é real
Falam do que veem e sobre o que sofrem
e o que sofrem os seus...
Chamam de Hip-Hop sua cultura e de RAP sua oração.”

::: VEJA MAIS RAP :::
>>> http://www.youtube.com/watch?v=SusN6tGS_as <<<

***nesses tempos de guerra, temos que amar a sabedoria, para sermos capazes de imaginar formas melhores de ser e de viver, formas independentes e verdadeiras – não este entulho montado pelo sistema – meios que não consumam nossas vidas e nossa moral e que não custem a miséria de nossos irmãos***

Felipe Daniel é estudante de filosofia e diretor da 10-idÉias Cia. de Teatro.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008


TODOS ESTÃO CONVIDADOS A PARTICIPAR DO NOSSO CAFÉ FILOSÓFICO!!! Dia 11 de Outrubro (Sábado) ás 8:30 hrs! No Pólo Claretiano de SJC!

domingo, 24 de agosto de 2008

Agente não quer só dinheiro...


***
Sobre uma parte da minha visão de filosofia e do que tenho observado nesses últimos dias! Valeu pela visita, espero seu comentário! Forte abraço! –

***



Você tem fome do que?

[...] “Agente não quer só dinheiro,
agente quer inteiro e não pela metade...”
[...]

Ah! A filosofia...

Creio que há em cada aprendiz desta ciência, a clara certeza de seus fundamentos, práticas e utilidade. Utilidade questionada por muitos, mas por nós mesmos também, sem receio nenhum, para nós (e para todos que se dedicaram a ela) está tão bem fundamentada que dispensa defesas. Ademais, o termo “utilidade” é vago e dispensável para se aplicar á filosofia. Lembrando da poesia citada no início deste texto, fica mais fácil dizer que: o que é considerado útil e fundamental nas sociedades nem sempre é algo realmente bom e útil, na visão da filosofia – em vista do bem humano.

"Eu ando pelo mundo prestando atenção Em cores que eu não sei o nome Cores de Almodóvar Cores de Frida Kahlo, cores Passeio pelo escuro Eu presto muita atenção no que meu irmão ouve..."

Mais uma letra da qual tomo licença poética para ilustrar minhas idéias; não é fácil visualizar o filósofo ali no centro dessa cena? Prestando atenção a tudo, mesmo o mais abstrato, o que parece mais intangível, o que muitas vezes não pede licença para lhe absorver todo pensamento, e assim, quase lhe tomar de si mesmo.

Prestando atenção àquilo que é perdido no cotidiano, que é jogado no banal e de quê ninguém liga por descobrir sua essência, mas que muitas vezes, mesmo não se sabendo se é oco, serve de apoio á dogmas, ideologias, sistemas políticos e as mil idéias vendidas pelo marketing; por exemplos.

[...] E VENDO DOER A FOME DOS MENINOS QUE TEM FOME [...]

Enfim, uso mais este fragmento, para comentar como a filosofia me tem sido útil, no sentido de quase um consolo, nesses dias em que assisto jovens amigos concordar passivamente com a idéia de impossibilidade de auto-realização, com a ignorância de muitos acerca de seus próprios talentos e sua capacidade de afetar positivamente uma comunidade.

Estamos longe de uma sociedade que careça só de comida, a crise dos alimentos no Brasil e no mundo beira à especulação. Quem não se lembra de quê o que foi gasto na guerra do Iraque – em trilhões de dólares – poderia salvar todo um continente da fome que o faz perecer desde o seu primeiro século de colonização? Termos alimento suficiente para seis e meio ou sete bilhões de pessoas no mundo é questão moral e de inteligência. O que me leva a crer que a fome que mais assola é a fome causada pela ignorância. A fome de arte, a fome de letras, a fome de discutir idéias, a fome de educadores apaixonados e aprendizes motivados.


[...] E o que é que vai fazer a juventude, pelos pobres do país?

O que faz e vai fazer a juventude, para ver seu povo um pouco mais feliz?
[...]





Leitura referencial:
- “Comida” – Composição: Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Brito.
- “Esquadros” – Composição: Adriana Calcanhoto.
- “Igual aos Pobres” – Pe. Zezinho.